O termo “halo” provém do grego
e significa “sal”,
pelo que a “haloterapia”
designa a
“terapia pela ação do sal ”.
Os tratamentos com medicamentos à base de cortisona, corticosteróides, anti-histamínicos, etc., além de mais caros, produzem efeitos secundários nocivos ao organismo humano e uma habituação e resistência normal do organismo ao medicamento que está a ser usado, deixando gradualmente esse medicamento de fazer efeito e levando em seguida à substituição por outro, normalmente mais agressivo. A Haloterapia é um tratamento natural que permite reduzir, ou até mesmo evitar, a dependência do uso destes medicamentos prescritos pela medicina convencional.
Na atualidade atingiu-se a 3.ª geração da Haloterapia, onde o avanço da tecnologia permite que os resultados pretendidos sejam obtidos de forma mais eficaz, rápida e com menores inconvenientes para os pacientes, nomeadamente no que se refere à necessidade de deslocação até às minas e ao controlo da exposição ao ambiente salino. A tecnologia permitiu trazer a “gruta de sal-gema” até ao utente que necessita dessa terapia, através da construção de salas (grutas ou casulos) construídas especificamente para este efeito.
Estas “grutas de sal” simulam a atmosfera salina idêntica à das minas de sal-gema, sendo utilizado um equipamento, o “Halogerador”, que esmaga o sal tratado farmacologicamente, transmitindo-o através de um aerossol seco, para o ambiente da “gruta”. Este equipamento esmaga o sal em partículas microscópicas, ionizando as partículas de sal e libertando-as na atmosfera. As partículas, com tamanhos entre os 0.1 e os 2.5 micrómetros, chegam até aos pulmões, ao nível dos alvéolos. O tratamento é feito com um cálculo cúbico de exposição ao sal, controlado pelo halogerador, permitindo regular a intensidade de terapia adaptada a cada sintomatologia a tratar. Assim, a exposição ao ambiente de minúsculas partículas de sal ionizado, promovida pela Haloterapia, permite uma importante melhoria do sistema respiratório, entre outros benefícios para a saúde.
Dentro da sala (“gruta”) de sal os utentes encontram-se expostos às seguintes condições:
– Humidade de 45 a 55 %
– Temperatura de 20 a 24 °C
– Concentração do aerossol de 0.5 a 15 mg/m³. O aerossol de sal seco consiste na inalação de micro-partículas de sal, com dimensão de 0.1 a 2.5 micrómetros (10-6 m). As partículas carregadas de energia cinética advêm do esmagamento dos cristais de sal (tratado farmacologicamente) num equipamento específico para o efeito: o “halogerador”.
– Silêncio e tranquilidade. Os utentes sentam-se em posições relaxadas sobre as cadeiras de plataforma confortáveis. É difundida música calma e iluminação suave para ajudar o paciente a relaxar.
A Haloterapia cumpre a diretiva europeia CE93/42EEC, que regula a atividade deste tipo de terapias naturais. No Reino Unido a Haloterapia foi reconhecida pelo Ministério da Saúde, tornando-se o sistema preferencial da medicina convencional no tratamento de doenças do foro respiratório, tais como a asma e a rinite. Também no Reino Unido o sistema de saúde financia o tratamento de Haloterapia aos portadores de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica), desde Abril de 2014 .
A Haloterapia pode, e deve, ser usada como um tratamento preventivo para evitar a constipação comum, a gripe e outros problemas do foro respiratório.